Colelitíase
Colelitíase, também conhecido como pedra na vesícula, é a presença de pedras (cálculo) no interior da vesícula biliar (pequeno órgão localizado abaixo do fígado, do lado direito do abdômen). A vesícula armazena a bile, que é produzido pelo fígado.
A bile tem como função básica digerir as gorduras e auxiliar na absorção de nutrientes como as vitaminas A, D, E e K. Ela é composta por água, colesterol, sais biliares, bilirrubinato e lecitina. Em equilíbrio, estas substâncias mantêm a bile em estado líquido.
Quando o colesterol, os sais biliares ou os bilirrubinatos são produzidos em excesso pelo fígado, há precipitação formando pequenos grânulos que iniciam a formação dos cálculos biliares.
A presença de cálculos biliares é relativamente comum em adultos, porém a grande maioria dos pacientes são assintomáticos. A formação destes cálculos está, geralmente, relacionada a fatores metabólicos, hereditários e orgânicos.
Os cálculos biliares são classificados em cálculos de colesterol ou de sais biliares.
Principais fatores de risco:
- Anemia hemolítica crônica.
- Emagrecimento acentuado: aumenta a perda de colesterol na bile.
- Gravidez.
- Idade avançada.
- Mulheres em idade fértil, principalmente por volta dos 40 anos.
- Mulheres que tiveram múltiplas gestações.
- Obesidade.
- Pacientes submetidos a cirurgias gástricas
- Sedentarismo.
- Uso de contraceptivos orais.
- Úlceras duodenais
- Uso de dieta parenteral.
A principal queixa relacionada à colelitíase é a dor aguda contínua caracteristicamente localizada em hipocôndrio direito/epigástrio que, por vezes, pode irradiar para a região escapular.
A ultrassonografia abdominal é o exame que detecta os cálculos de vesícula, com sensibilidade e especificidade de 95%. A ultrassonografia endoscópica também é útil na detecção de cálculos menores que 3 mm e pode ser necessária quando outros exames não confirmarem o diagnóstico.
No tratamento, vários fatores são considerados, sendo o principal deles a sintomatologia do paciente. Cálculos sintomáticos são indicação para o tratamento cirúrgico, enquanto que os assintomáticos são analisados para que seja possível decidir ou não pela cirurgia.
